terça-feira, 09 de abril de 2024


De acordo o Ministério da Saúde, quase três milhões de diagnósticos de doenças ocupacionais foram registrados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos 15 anos e, entre eles, foram identificadas 165 novas patologias. Esses transtornos, causados por ambientes de trabalho nocivos e determinadas atividades exercidas pelo trabalhador, podem levar a incapacidade e vários danos à saúde. 

O médico do trabalho da Clínica Três Marias, Niltes Jr., afirma que é essencial que as empresas adotem medidas para minimizar os riscos e promover a segurança dos funcionários. “Certas atividades e ambientes de trabalho apresentam riscos significativos à saúde dos colaboradores, dependendo da natureza do trabalho e das condições em que é realizado. Geralmente, as que mais têm impacto são: construção civil, indústria química, saúde,  assistência social, agricultura, mineração e extração”. O especialista afirma que os riscos para os colaboradores que atuam nesses setores são diversos e incluem consequências que afetam desde a saúde física até a saúde mental. 

Entre as doenças ocupacionais mais comuns, estão os distúrbios musculoesqueléticos, causados por esforços físicos e movimentos repetitivos, a perda auditiva induzida por ruído, as dermatites ocupacionais, causadas pelo contato direto com substâncias químicas, e as doenças respiratórias, comuns a trabalhadores que lidam com mineração. Além disso, também são recorrentes transtornos ligados a ambientes de trabalho com alta pressão, assédio moral ou violência, que causam estresse ocupacional e doenças psicológicas. 

O profissional ressalta que as medidas que as empresas devem adotar para proteger o colaborador devem ir desde o treinamento de segurança e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) até a implementação de programas de bem estar, que assegurem o diálogo aberto, suporte à saúde física e mental e a disponibilidade de pausas regulares e ergonomia. Caso o funcionário acabe desenvolvendo alguma doença consequente do trabalho, é de responsabilidade das companhias dar todo o suporte médico e compensação financeira. 

É de obrigação das empresas facilitar a reabilitação e a reintegração do profissional, conforme as condições de trabalho necessárias. Desta forma, também é importante que os gestores procurem investigar a causa da doença para buscar a eliminação de riscos e prevenir casos futuros. Niltes Jr. ainda destaca: “a atuação do médico do trabalho é essencial para criar um ambiente seguro e saudável, minimizando os riscos de doenças ocupacionais e contribuindo para o bem-estar geral dos colaboradores”, finaliza.

TEXTO: Assessoria de Imprensa.

FOTO/ARTE: Divulgação.