quinta-feira, 17 de abril de 2025
O vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Bezerros, no Agreste, Rinaldo Luiz, escancarou cobranças de taxas abusivas que serão feitas pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a partir do dia 26 deste mês, com autorização da Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe). Algumas taxas tiveram aumento de mais de 553% em relação ao que era cobrado anteriormente. O parlamentar postou vídeo nas redes sociais abordando o assunto.
“Em nome da população bezerrense e pernambucana eu gostaria de entender quais são as justificativas da Arpe para aumentos de taxas e valores tão expressivos, sem sequer o cidadão, que paga seus devidos impostos em dia, ser informado sobre essa cobrança abusiva. Quero crer que tanto a Arpe quanto a Compesa ainda tenham bom senso e principalmente respeito pelos direitos dos pernambucanos e bezerrenses. Meu trabalho, enquanto profissional da imprensa, e agora como vereador, é fazer com que injustiças iguais a essa não aconteçam”, destacou o vereador Rinaldo Luiz.
O que chama mais a atenção é que a cobrança abusiva, que impacta diretamente o bolso das pessoas menos favorecidas, visto que os maiores percentuais de aumento fazem referência a serviços básicos para a população como corte e religação de água, instalação de hidrômetro, análise de projeto estrutural, entre outros, está homologada pela Tabela de Preços e Prazos dos Serviços Cobráveis prestados pela Compesa e com plena autorização da Arpe, desde o dia 26 de março de 2025.
A instalação de um hidrômetro (medidor de água), por exemplo, em uma residência comum custava R$ 90,24. Com o reajuste da nova resolução autorizada pela Arpe, o valor passa para R$ 589,91. Ou seja, um aumento de mais de 553%. Antes, o corte de água custava R$ 9,02. Já pela nova resolução, o mesmo corte passa a valer R$ 36,50. Ou seja, mais de 304% de reajuste. A religação de água saltou de R$ 64,47 para R$ 180,02. O estudo técnico (análise de projeto) para abrir um empreendimento com abastecimento de água saiu de R$ 20.991,29 e foi para R$ 34.014,54.
Vale lembrar que, curiosamente, não houve sequer divulgação aberta para toda a população pernambucana sobre as novas taxas e valores que já entram em vigor a partir do dia 26 deste mês. Há relatos de que essas cobranças já começaram a ser feitas em alguns municípios do Estado, deixando os moradores revoltados, tanto pelos preços abusivos quanto pela falta de informação e transparência da Arpe.
TEXTO/FOTO: Via Assessoria Especial de Imprensa.